quarta-feira, 1 de maio de 2019

A floresta dos quatro ventos


Como poderia não chorar
Se até o próprio céu derrama chuva?
De todos os lados me vêm histórias antigas
Das estrelas dançando na noite
Nas linhas das palmas da mão...

Não aceito teu café com escarro
Nem a falta do que sonhar.
Acaso não é a manhã mais do que o dia?
O perfume de jabuticabas caídas
E de folhas úmidas.

Então entre as arvores vou me ocultar
Fazendo de mim mesmo luz na penumbra
E das corujas e mariposas, minhas amigas
Expondo o coração ao açoite
Da poesia da imensidão.

Aceitando que tudo sempre foi caro
E eu não tinha como comprar
Isso me impediria?
Minha algazarra ironiza as coisas perdidas,
O prelúdio da batalha que se finda.

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