Como poderia não chorar
Se até o próprio céu derrama chuva?
De todos os lados me vêm histórias antigas
Das estrelas dançando na noite
Nas linhas das palmas da mão...
Não aceito teu café com escarro
Nem a falta do que sonhar.
Acaso não é a manhã mais do que o dia?
O perfume de jabuticabas caídas
E de folhas úmidas.
Então entre as arvores vou me ocultar
Fazendo de mim mesmo luz na penumbra
E das corujas e mariposas, minhas amigas
Expondo o coração ao açoite
Da poesia da imensidão.
Aceitando que tudo sempre foi caro
E eu não tinha como comprar
Isso me impediria?
Minha algazarra ironiza as coisas perdidas,
O prelúdio da batalha que se finda.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada por ler mais um pensamento !
Deixe aqui sua opinião =]