domingo, 8 de julho de 2018

A podridão nos ossos.

Eu vejo meu reflexo
Desaparecendo e ressurgindo
Nos vidros negros dos carros que passam
Enquanto o sinal não se fecha.

Eu vejo baterem na porta
Que mantenho sempre trancada
Enquanto a madeira parece se petrificar,
 Onde teias de aranha e musgo surgem nos umbrais.

A luz que dança na parede escorre por uma fresta
Como o tempo lança os dias que se acabam
Juntos na minha memória sorrindo
Com meu choro perplexo.

A esperança morre, não torna jamais
E minha alma se enche de pesar
Entristecida com a vida amargurada
Nos traços fundos de minha face morta.


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