segunda-feira, 14 de maio de 2018

As sombras do bosque se mexem sozinhas.


As sombras do bosque se mexem sozinhas.

Os aldeões se reúnem para festejar
E demônios devoram crianças solitárias
Mas a música das festas encobre o choro.

Encha meu copo rápido
Com qualquer coisa mais forte que minha dor
Apenas tenha cuidado para que eu não perca o controle
E arrume briga com algum estranho que cruzar meu caminho.

Eu desenhei símbolos ocultos nas paredes
E falei coisas misteriosas para afastar o mal
Mas as almas dos mortos sussurraram no meu sonhar
E acordei banhado de suor.

Na hora do lobo, ouvi uivos em volta de um altar
O berço de uma criança cercado de alimárias
Que gemiam em coro.

Sou um homem que vive no passado
Onde as flores que brilhavam já não tem mais cor
Ainda menino, silenciado pelas buzinas da metrópole
Meu choro passeava sozinho.

Meus punhos tinham sede
E de sangue embebedaram até passar mal
Mas todos chegaram, só a mim viram e acertaram em falar:
- Este homem é um louco ou algo pior!

Até mais.


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