Roseiras no lençol
Me lembro de ser criança
E vagar pela fazenda de meu avô
Ver flores coloridas de camará
Mas é apenas uma lembrança
De algo que já passou
Nunca voltará
Embora minha nudez não tenha sido descoberta
E o perfume de frutas selvagens tome meu quarto
Na luz que ondula, no lençol imaculado
A pureza ainda é incerta
Me envolvi em brigas e lutas, de fato
Ardendo em ódio no rosto magoado
No meu leito crescem roseiras
Em seus espinhos meu sangue desce
Como orvalho carmesim
Dou risadas passageiras
Como alguém que não soubesse
Que havendo inicio, haverá fim
Mas talvez seja melhor me desculpar
Chorando, correr para os braços de meus pais
Que passarão a mão em meus cabelos
Sem saber o que falar
Por talvez já ter dito demais
Gastando das palavras seus contornos belos
Ainda me lembro do mar azul
Se tornando um com o céu
E a lua , em sua luz, duplicada
Minha alma que sempre amou
Amor de doçura, tal como mel
A beleza em lágrimas eternizada
Até mais ^^
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada por ler mais um pensamento !
Deixe aqui sua opinião =]