domingo, 21 de janeiro de 2018

Roseiras no lençol

Roseiras no lençol

Me lembro de ser criança
E vagar pela fazenda de meu avô
Ver flores coloridas de camará
Mas é apenas uma lembrança
De algo que já passou 
Nunca voltará

Embora minha nudez não tenha sido descoberta
E o perfume de frutas selvagens tome meu quarto
Na luz que ondula, no lençol imaculado
A pureza ainda é incerta
Me envolvi em brigas e lutas, de fato
Ardendo em ódio no rosto magoado

No meu leito crescem roseiras
Em seus espinhos meu sangue desce
Como orvalho carmesim
Dou risadas passageiras
Como alguém que não soubesse
Que havendo inicio, haverá fim

Mas talvez seja melhor me desculpar
Chorando, correr para os braços de meus pais
Que passarão a mão em meus cabelos
Sem saber o que falar
Por talvez já ter dito demais
Gastando das palavras seus contornos belos

Ainda me lembro do mar azul
Se tornando um com o céu
E a lua , em sua luz, duplicada
Minha alma que sempre amou
Amor de doçura, tal como mel
A beleza em lágrimas eternizada

Até mais ^^

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