Dias de poesia, dias de dor
Se eu estendesse minha poesia no papel
Seria ela como as estrelas
Que se estendem na seda negra da noite
Minhas lágrimas chegariam até o ceu
E minha alma, como a chama de uma vela
Se apagaria, que ninguém mais a incomode
Eu gostaria de ser conhecido
Mas quem diria meu nome?
De tão amargo fere a língua
Como se nunca houvesse existido
Se oculta nas matas e some
Levado por forças malignas
Eu faria de teu ombro pouso certo
E me aninharia em teus cabelos
Como um pássaro ferido
Mas mundos e terras nos separam
O amor impuro e incerto
Dá vida e voz aos meu medos
Silenciando meus passos, meus ruídos
Que no vazio se ocultaram
Quem me dera não poder pensar
E sentir o orvalho das manhãs
Descendo em perfume nas folhas de cidreira
Mas até em rir há dor
Meus abraços são de desespero
Poderia me entregar ao mar
E me afundar em águas estranhas
Me entregando a morte certeira
Mas como ondas, se revoltando com furor
Não poderia ser sincero
Não poderia descansar
Os dias caem sobre mim
Como montanhas altas
E meu peito petrifica
Já não há flores no jardim
Sem cores e sem pétalas
Que anunciam uma despedida.
Até mais ^^.
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