quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Dias de poesia, dias de dor

Dias de poesia, dias de dor

Se eu estendesse minha poesia no papel
Seria ela como as estrelas
Que se estendem na seda negra da noite
Minhas lágrimas chegariam até o ceu
E minha alma, como a chama de uma vela
Se apagaria, que ninguém mais a incomode

Eu gostaria de ser conhecido
Mas quem diria meu nome?
De tão amargo fere a língua
Como se nunca houvesse existido
Se oculta nas matas e some
Levado por forças malignas

Eu faria de teu ombro pouso certo
E me aninharia em teus cabelos
Como um pássaro ferido
Mas mundos e terras nos separam
O amor impuro e incerto
Dá vida e voz aos meu medos
Silenciando meus passos, meus ruídos
Que no vazio se ocultaram

Quem me dera não poder pensar
E sentir o orvalho das manhãs
Descendo em perfume nas folhas de cidreira
Mas até em rir há dor
Meus abraços são de desespero
Poderia me entregar ao mar
E me afundar em águas estranhas
Me entregando a morte certeira
Mas como ondas, se revoltando com furor
Não poderia ser sincero
Não poderia descansar

Os dias caem sobre mim
Como montanhas altas
E meu peito petrifica
Já não há flores no jardim
Sem cores e sem pétalas
Que anunciam uma despedida.

Até mais ^^.

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