quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

A infância é o primeiro luto

A infância é o primeiro luto

Faz mais sentido se eu começar do início
Que foi onde tudo acabou.

A neblina que logo cedo me envolvia
Era a mesma que envolvia outras pessoas
As pedras, as torres de telefonia e as casas
Mas mais solitárias eram as silhuetas de sombra
Que se sentavam para brincar comigo
Com os pensamentos perdidos em outro mundo.

Eu vejo estrelas além do precipício
Mais distantes do que a alegria que passou.

Minha alma chorava ao mesmo tempo que sorria
Ás vezes tudo me magoa
De fragilidade em fragilidade que extravasa
Sou uma faísca na penumbra
Sou um menino de poucos amigos
Insignificante, fraco, medíocre, imundo.

No meu aniversário eu apenas queria estar sozinho
E morrer mais um pouco
Não quero fingir, nem ter que dizer mais nada
Dentro da cômoda sem gavetas deitado
O que me faz ser tão pequenininho?
Meus colegas sabem que sou louco
Deus, minha alma é seda esgarçada
Para ser feliz basta ser amado?
Lágrimas descem devagarinho.

Por favor não me abandone
Todos os dias sinto que algo me deixa
Eu tenho medo de perder 
E os ventos querem me levar embora
Como uma folha morta no chão
Talvez eu namore, talvez me apaixone
Mas sinto dor nos teus abraços, sem que ninguém veja
Meus amores imaginários põem tudo a perder
Minhas mentiras fora de hora
No incio eu era a solidão.

Todos o meu pesadelo é da vida o principio
Nasci morto e a morte é o que sou.

Até mais ^^.

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