domingo, 21 de janeiro de 2018

Fragmento de uma embriaguez


Fragmento de uma embriaguez

Eu me olho num rio
Independente das águas que passam
Meu reflexo continua intacto
Embriagado num riso frio
Mas sincero,pois os risos falam
Revelando um coração incauto

E tenhos coisas para expressar
Que não cabem no peito
E lanço palavras como aviões de papel
Sem rumo para alcançar
Talvez seja meu defeito
Olhar demais as estrelas no céu

Mas como ignorar
Se tudo vibra no mesmo ritmo
E meus pensamentos querem explodir
Como tempestade em alto mar
Queria voltar ao tempo de menino
Onde ,ingênuo, bastava sorrir

As flores desse chão
Tem pétalas que se desfazem ao tocar
Mais frágeis que fumaça
Como num mundo de ilusão
Onde caiba a mim morar
Com a planta dos pés descalça

Eu gosto de bebida forte
Que me faça esquecer
A alma que tenho que carregar
A mesma que é a minha sorte
Como criança que não sabe viver
E tristeza que não sabe chorar

Por isso meu reflexo frágil
Tão profundo que me escapa
Traspassa gaivotas no ar
Sendo passado e também presságio
Sendo um sonho que nunca acaba
A eterna infância do amar
(A eterna esperança que sempre há).

Até mais ^^.

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